14°FEIRA DO ESTUDANTE 2011

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LUCIA GAMBARINI

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Artigos



Pedagogos, Grandes Professores, Profissionais ou Meros Transmissores de Informações?

Autor: Ingrid da Silva Isidoro


Alguns jovens de classe média quando estão no final do ensino médio ainda não sabem qual curso irão realizar e decidem em ingressar no mercado de trabalho, para que possam tornar-se independentes antes do tempo e acabam deixando a graduação para segundo plano de suas vidas.
No século passado homens, mulheres e jovens conseguiam facilmente ingressar no mercado de trabalho apenas com ensino fundamental, mas atualmente as empresas vêm exigindo dos seus funcionários cada vez mais qualificações, especializações e graduações para atuar na sociedade contemporânea. Logo, esses funcionários retornam para o sistema educacional e procuram cursos com menos tempo de duração, com parcelas que caibam no seu orçamento e faculdades próximos ao seu trabalho, não verificando a qualidade de ensino e nem autencidade do curso, pois, muitos querem apenas o diploma e não exercem a função e quando exercem não estão preparados para lidar com dilemas e dificuldades.
Dessa forma, verificou-se que a maioria dos indivíduos escolhe o curso de Pedagogia por motivos citados acima e por a graduação abranger não só o foco educacional, mas sim, o empresarial e também o hospitalar.
Considerando estes preceitos pode-se destacar que o educador no sistema educacional poderá atuar em sala de aula, na administração escolar, na supervisão educacional e orientação vocacional (a partir de 2008 para atuar nessas três áreas específicas não basta apenas ter graduação e será necessário especialização na área); No sistema empresarial poderá atuar no setor de RH (Recursos Humanos), gestão de pessoas e recrutamento de funcionários com dinâmicas e provas e; No sistema hospitalar atuará através de atendimento educacional aos educandos impossibilitados de frequentar a escola.
Em meio há tantas possibilidades de atuação do pedagogo em varias áreas e setores ainda encontramos grandes pedagogos despreparados para atuar em sala de aula ou administrar uma escola, e um dos motivos são: o professor estar professor e não ser educador, estar acomodado à rotina, não estar capacitado para ministrar aulas e trabalhar com turmas heterogêneas, receber salários incompatíveis com seu trabalho e saírem da sua formação direta para atuar como diretor escolar, no sistema público ou privado enfrentando uma política educacional engessada e dominante, onde os novos profissionais devem adequar-se a essa política ou perdem o emprego.
Apesar de todas as dificuldades encontradas, os educadores têm por função tornar os educandos cidadãos democráticos e defensores dos seus ideais, acredita-se que através da educação construam-se mudanças no sistema escolar e obtenham um novo olhar para educação. O Manifesto dos Pioneiros, movimento intelectual surgido em 190-1971 pelo educador Anísio Teixeira trata da educação nova, ajustando-a finalidade e ideais que deverão ser realizados para prosseguir com uma educação que cresce na criança de dentro para fora, traga sua realidade para dentro de sala de aula, transforme a escola em um ambiente dinâmico e agradável, estimule o aluno como formador de opinião e os prepare para atuar em uma sociedade capitalista e democrática.
Rodrigues (2003) a firma que, para realizar uma educação necessária que atenda as necessidades da sociedade do conhecimento, será necessário uma escola democrática com uma educação libertária, levando-os a aprender através da diversidade cultural, onde o professor seja o mediador no ensino?aprendizagem e a troca de informação entre ambos possam ocorrer através do diálogo e de forma vertical.
Dessa forma, os conteúdos e programas educacionais deverão ser reformulados pra que sejam enquadrados em uma educação transformadora, onde a tecnologia passou a fazer parte do mundo virtual do aluno, mas os professores não estão preparados e nem qualificados através da sua graduação á trazer inovação tecnológica para dentro de sala de aula ou até mesmo não possuem recurso para ministrar aulas diversificadas que trabalhem alguns temas transversais.xxx
Acúrio (2004) diz que "a tradição que não é renovada morre por si mesma" (p.13).
Percebe-se em linhas gerais, que é necessário transcender o currículo antigo, mas trazendo sempre uma essência inovadora que venha despertar interesse dos educandos em estar dentro de sala de aula, sabemos que, o novo assusta e ás vezes causa resistência em alguns sistemas educacionais, tradicionais, para isso a escola deverá obter uma equipe centrada e qualificada para que a interdisciplinaridade possa fazer parte das disciplinas obrigatórias do currículo.
O objetivo maior de reformular o currículo, não é acabar com uma tradição que perpetua há vários anos, mas evidenciar as lacunas que foram encontradas nesse método e tentar saná-las de forma que possam atender a necessidade real dos indivíduos.
Porém, a maioria dos educandos reclama que aprendem conteúdos que não usarão no futuro ou até mesmo no seu dia a dia, para isso os professores, diretores e coordenadores precisam analisar que a realidade educacional Brasileira é outra e os alunos estão mais conhecedores dos seus direitos e deveres. Mesmo os sistemas educacionais sofrendo com os "abortos" financeiros e com profissionais desqualificados para educar na realidade contemporânea.
No entanto, a equipe pedagógica e administrativa precisa diagnosticar todos os problemas para que sejam sanadas todas as lacunas, fazer com que todos trabalhem com o mesmo objetivo, transmitir educação de qualidade e utilize recursos disponíveis no âmbito escolar para estimular a atenção do aluno para dentro de sala de aula e motive o educador na sua formação continuada para que possam melhorar seu desempenho em todo processo educacional fazer da escola um mecanismo de conhecimento satisfatório ao educando ensinado-os a aprender a ser, a viver e a conhecer.
Sabemos que o eixo da educação começa no cerne familiar e no convívio com amigos e parentes, contudo as crianças passam a maior parte do tempo na escola, onde o professor passa ser mãe, pai, tia, ensinam a andar, desfraldam e até mesmo são os primeiros a conhecer os seus sonhos e vontades. A postura do professor ainda é o espelho para integração do aluno na sociedade e por isso precisa ser mais valorizada, condicionados a trabalhar de forma clara e objetiva integrando as redes de comunicação aos seus conteúdos, trabalhar junto com a família e se capacitar sempre que possível mesmo sabendo que a carga horária de trabalho e árdua precisam honrar com a nossa profissão, pois, somos grandes professores mesmo com dificuldades, nos tornando com o passar do tempo grande profissionais na educação, no empresarial e hospitalar.

BIBLIOGRAFIA

ACÚRIO.L.D. Gestão democrática na Escola, 14ª edição; São Paulo; ed. Papirus; 2007.
DEMO, Pedro. Educação de Qualidade, 11ª edição; São Paulo; ed. Papirus; 2007.
LIBÂNEO.C.J. Organização e Gestão da Escola - Teoria e prática, 5ª edição ? revista e ampliada; Goiana; ed. MF livros; 2008.
LÜCK. Heloísa. Liderança em Gestão Escolar, 2ª edição; Petrópolis; ed. Vozes; 2008.
RODRIGUES.N. Da mistificação da escola à necessária, 3ª edição; São Paulo; ed. Cortez, 2003.

Wanderley França


Inclusão

É difícil pensarmos que pessoas são excluídas do meio social em razão das características físicas que possuem, como qualquer outra, como cor da pele, cor dos olhos, altura, peso e formação física. Já nascemos com essas características e não podemos de certa forma ser culpados por tê-las.
A inclusão está ligada a todas as pessoas que não tem as mesmas oportunidades dentro da sociedade. Mas os excluídos socialmente são também os que não possuem condições financeiras dentro dos padrões impostos pela sociedade, os idosos, os negros e os portadores de deficiências físicas, como cadeirantes, deficientes visuais, auditivos e mentais. Existem as leis específicas para cada área, como a das cotas de vagas nas universidades, em relação aos negros, e as que tratam da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
O mundo sempre esteve fechado para mudanças, em relações a essas pessoas, porém, a partir de 1981, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou um decreto tornando este ano como o Ano Internacional das Pessoas Portadoras de Deficiências (AIPPD), época em que se passou a perceber que as pessoas portadoras de alguma necessidade especial eram também merecedoras dos mesmos direitos que os outros cidadãos.
As diferenças enriquecem a vida de todos
A princípio, ganharam alguma liberdade através das rampas, que permitiram maior acesso às escolas, igrejas, bares e restaurantes, teatros, cinemas, os meios de transporte, onde, aos poucos, o mundo foi se remodelando para dar-lhes maiores oportunidades.
Hoje é comum vermos anúncios em jornais, de empresas contratando essas pessoas, sendo que de acordo com o número de funcionários da mesma, existe uma cota, uma quantidade de contratação exigida por lei. Uma empresa com até 200 funcionários deve ter em seu quadro 2% de portadores de deficiência (ou reabilitados pela Previdência Social); as empresas de 201 a 500 empregados, 3%; as empresas com 501 a 1.000 empregados, 4%; e mais de 1.000 empregados, 5%.
Nossa cultura tem uma experiência ainda pequena em relação à inclusão social, com pessoas que ainda criticam a igualdade de direitos e não querem cooperar com aqueles que fogem dos padrões de normalidade estabelecido por um grupo que é maioria. E diante dos olhos deles, também somos diferentes.
E é bom lembrar que as diferenças se fazem iguais quando colocadas num grupo que as aceitem e as consideram, pois nos acrescentam valores morais e de respeito ao próximo, com todos tendo os mesmos direitos e recebendo as mesmas oportunidades diante da vida.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Patricia Esteves

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