14°FEIRA DO ESTUDANTE 2011

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LUCIA GAMBARINI

quinta-feira, 31 de março de 2011

Programa intensivo de ensino consegue modificar cérebro de alunos disléxicos
Áreas desativadas nas crianças foram ligadas com exercícios. Estudo mostra que cérebro humano pode ser 'reprogramado'.

 Cientistas da universidade de Carnegie  Melon, de  Pittsbug denonstraran com que em alunos com problemas graves de leitura e compreensão, áreas do cérebro que estavam inativas  podem ser ligadas com treinamento.
Os alunos, todos do quinto ano, foram avaliados através de técnicas especiais de ressonância nuclear magnética antes e após o período de recuperação. Os exames permitiram ais pesquisadores determinarem através da medição do fluxo sanguíneos para o cérebro, durante as atividades escolares, os padrões de ativação.
Nos alunos classificados como disléxicos, determinadas regiões do cérebro eram menos ativadas. A área parietotemporal mostrou padrões bastante diferentes entre os alunos considerados normais e os com dificuldade de leitura.
Como os cientistas acreditavam na elasticidade, ou seja, na capacidade do cérebro humano de se adaptar e ativar regiões que antes não eram muito utilizadas, um programa especial de reforço foi traçado para essas crianças.
Foram 100 horas de treinamento especial em leitura compreensão. O objetivo era superar a dificuldade de associação entre sons das letras e suas formas escritas.
Outra descoberta importante do estudo foi de que somente 10% das crianças apresentavam problemas visuais e dislexia, o que diverge da crença comum.
Os exames de ressonância foram aplicados antes e após o reforço. E um ano após todas as crianças do quinto ano foram submetidas à mesma bateria de testes para permitir a comparação.
Após o treinamento e no exame de revisão com um ano, as crianças disléxicas mostravam padrões cerebrais semelhantes aos das crianças ditas normais.
Esse estudo mostra que o cérebro humano é capaz de ser “reprogramado” com estímulos especialmente dirigidos e permitir que todos possam demonstrar suas potencialidades.
O trabalho em questão está publicado na edição de agosto da revista “Neuropsycologia”
                       
                         * Luis Fernando Correia é médico e apresentador do “Saúde em Foco”, da CBN

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